Decanter Wine Show 2008

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Caros confrades, acredito que final de semestre é sempre penoso pra todos. Mas nada melhor do que iniciar a outra metade do ano conhecendo bons vinhos, alguns excepcionais eu afirmo. É dentro desta proposta que a importadora Decanter vem nos convidar a passar uma tarde entre seus quase 700 rótulos em quatro capitais pelo país.

Tenho certeza que é uma grande oportunidade! Pra esta seleção estará presente a família Labet, um dos grandes produtores de Clos de Vougeot, em muitas safras comparado ao Domaine de La Romanée Conti. Seu imponente vinho em todos os quesitos talvez estará dentro da mostra deste ano. Torceremos, ?

Acima o folder oficial da Feira que em BH, acontecerá no Buffet Catarina. Ainda bem que este ano estarão em Curitiba.

Bem a todos saúde e tin...tin!

Uma boa opção em Bordeaux

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Caros confrades, gostaria de dividir com todos uma referência em vinhos de Bordeaux, que há um ano já está no Brasil. Falo da importadora Petit Château, fundada por Manuel Brandão, sommelier francês natural de Bordeaux e com quem tenho trabalhado e ajudado a divulgar os bons vinhos que ele importa com exclusividade.
Os vinhos são todos bordaleses (mas já com proposta de alguns exemplares de Champagne e da Borgonha para a próxima importação). A filosofia da empresa se baseia em pequenos produtores, focados na qualidade e em expressar a tradicional vitivinicultura da região. Nossos vinhos já estão disponíveis em BH através da Allegro Vivace, que tem como presidente Renato Costa, sommelier do Splendido Ristorante. O ponto está situado à Rua Sergipe, 1339. Para mais informações acessem o site http://www.petitchateau.com.br/
Uma boa semana e saúde a todos.

Château du Grand Mouëys 2000

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Esse belo Bordeaux, um vinho com excelente relação preço/prazer, vem de umas das apelações comunais muitas vezes injustiçadas no estuário do Gironde. Localizado na margem direita de Bordeaux, na região de Entre Deux Mers, o Château du Grand Mouëys descansa a 800 metros de altitude numa superfície calma e muito preservada.


O Château com 170 hectares entre campos e jardins se dedica a vitivinicultura com 80 hectares de uma maneira "très ancienne".
Em 1989, a família Bömers (que pertence à sociedade de vinhos finos da Alemanha desde 1831) obteve o controle da propriedade com o objetivo de melhor divulgar a qualidade dos vinhos, baseado numa experiência do mercado bordalês que vem com uma longa história de cinco gerações.

Vinificação:
Maceração pré-fermentativa, seguida de "cuvaison" completa em 20-30 dias. O amadurecimento se dá em barris de carvalho francês, onde 1/3 são novos, entre 8 e 12 meses. Clarificação com ovos.


Prova:
Esse vinho que pertence a AOC Premières Cotes de Bordeaux é composto de um encepamento clássico da região, com 55% de Merlot, 40% de Cabernet Sauvignon e 5% de Cabernet Franc.

Com uma cor rubi bem intenso mas que nos mostra traços de evolução, se apresenta límpido, sem borra apesar da idade. Ao nariz nos brinda com um estilo bem distinto com boa fruta, madeira que já de tão integrada ajuda a compor os aromas terciários, com boa sugestão de fumo e alcaçuz (toque amargo). Na boca é muito equilibrado, com taninos maduros e uma acidez convidativa à gastronomia de pratos à base de caça. Muito elegante, esse tinto tem ainda uma ótima persistência e intensidade de sabor em boca e acredito estar no seu apogeu, podendo ainda ser estocado por alguns anos sem evoluir.

Este Bordeaux foi uma grata surpresa apresentada a mim pelo Danio Braga. Trabalho este vinho no restaurante e surpreendo-me a cada vez que o degusto. Uma coisa é certa: este vinho é mais do que honesto, tornando-se uma grande compra. Eis aqui um exemplo maravilhoso de que muitos produtores não se rendem às tendências atuais do mercado com vinhos superpotentes e que perdem em elegância. O produtor está simplesmente interessado em dividir com todos o melhor que seu terroir pode oferecer.

O Château de Grand Mouëys nunca recebeu notas altas de Parker, no máximo um 86 na safra de 1998. Em contrapartida sempre é muito bem avaliado pela crítica regional, guia Hachette (um dos principais guias da França), que freqüentemente o avalia com 2 estrelas em 3.
A safra de 2000 foi medalha de ouro no concurso agrícola de Paris em 2002.


Quem traz o Château de Grand Mouëys é a Cellar Importadora, de São Paulo. Para mais detalhes, acessem o site www.cellar-af.com.br.
Para todos uma ótima semana e, claro... SAÚDE!

Para todos os amantes de um bom Rioja.

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A colheita de 2001 foi muito boa para a Rioja de modo geral e em especial para esta bodega, tanto que neste ano a vinícola por um momento pensou em destinar seus vinhos somente para reservas e gran reservas. Destes especialíssimos vinhos os enólogos separaram um lote realmente diferenciado como uma homenagem a todos os fiéis seguidores da Viña Alberdi. A quantidade elaborada foi a metade de uma colheita normal. Buscaram também uma nova inspiração para o rótulo, que ficou a cargo do pintor Marc Jesus, que refletiu a juventude, a alegria e o prazer!

Vinhedos:
Tempranillo provenientes de Briones, Rodezno e Labastida

Crianza:

Fermentação normal com "cuvaison" durante 11 dias. Uma vez terminada a fermentação tumultuosa fez-se a malolática em 26 dias. Foi amadurecido em barris de carvalho americano durante 2 anos. O primeiro ano em barris novos, já no 2º ano foram usados barris de 3 anos de idade, realizando-se 4 trasfegas manuais.

Análise do mosto:

ANALISIS
Grado: 13.3 %
Acidez total: 5,4 gr./l.
Acidez volátil: 0,68 gr./l.
Extracto seco: 29,8 gr./l.

Prova:
Caros confrades, quero chamar a atenção para este Rioja clássico em que nos encanta de imediato sua bela cor granada, límpido e brilhante. Marcando o nariz com o toque tradicional dos bons espanhóis desta região, este belo tinto explora bem variadas camadas aromáticas desde uma fruta muito madura a sugestões animais. Delicioso em boca, suculento, numa acidez maravilhosa. Ainda em boca seus taninos bem maduros completam um conjunto muito harmônico.
Acredito que este Viña Alberdi 2001 precisa ser degustado por qualquer amante de vinhos da península ibérica, visto que sempre foi modelo a ser seguido.
Uma característica interessante neste vinho é a pureza da fruta, que muitas vezes, em outros exemplares é ofuscada por longos envelhecimentos. Isso com certeza se deve a um uso mais inteligente do carvalho novo.
Bem, meus amigos, a todos saúde, e para aqueles que se interessaram pelo Viña Alberdi, poderão encontrá-lo na Zahil.


Zahil Minas Gerais Rua Outono, 81
Cruzeiro Belo Horizonte - MG - CEP 30310-020
E-mail: rex@rexbibendi.com.br Tel/Fax: (31) 3227-3009

Um site que fala muito sério sobre o Vinho!

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Caros Confrades, minha mais nova dica pra todos, o que acredito ser ainda uma fonte de consulta maravilhosa é o site http://www.baccoebocca.com.br/ . O site é de uma dupla de Brasília que escreve muito bem sobre o mundo do vinho, dando um show em outros sites já afamados e que vez e outra cometem erros imperdoáveis. O que chama a atenção neste site é o humor ácido que é trabalhado por um dos críticos, Dionísio, do qual já virei fã. Há também outros que postam reportagens muito interessantes e bem abalizadas. Bacco, por exemplo, pelo que já li e conversei, sem dúvidas é um dos maiores conhecedores em nível nacional quando o assunto são os vinhos da bota.
faço uma ressalva, eles não poupam críticas. Mas acredito ser esse o grande diferencial, a imparcialidade.De qualquer forma vale a pena conferir os textos de Bacco&Bocca.
Saúde e um forte abraço a todos!

Château Laffitte Carcasset 2004

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De minhas últimas provas pelo mundo do vinho, deparei-me com um excelente representante bordalês da margem esquerda, mais especificamente da comuna de Saint-Estèphe.
Este belo vinho, um ótimo Cru Bourgeois de qualidade/preço é originário de uma propriedade que produz vinhos desde 1790, com seus vinhedos localizados sobre um solo "graveleuses" (que são pedras arredondadas que cobrem boa parte dos vinhedos nessa região, em Chateneuf-du-Pape e também no sul da França) e excelente sub-solo argilo-calcário.
Os 27 hectares que esse Château possui são encepados por 70% de Cabernet Sauvignon, 29% de Merlot e 1% de Petit Verdot. O período de maceração com as cascas durante a vinificação dura de 20 a 30 dias e 100% do vinho resultante é envelhecido durante 14 meses em barricas novas.

Avaliações Organolépticas:

De uma cor rubi intensa com reflexos violáceos brilhantes, escorregadio na taça, límpido. Ao nariz revela intensas notas de cassis e amoras, um toque discreto de baunilha e tostado. Essas notas frutadas são confirmadas em boca por excelente estrutura tânica, acidez deliciosa e final muito elegante fazendo justiça a sua posição de um Cru bourgeois. É fato que na prova achei um vinho que merece ainda uns bons anos de garrafa para abrir ainda mais em complexidade!

Uma harmonização!
Este ótimo Saint-Estèphe foi escoltado por um corte de maminha e redução de vinho madeira, guarnecidos por arroz puxado na manteiga com castanhas de caju e legumes no azeite trufado.
Mas tenho certeza que a vocação gastronômica deste Bordeaux ainda acompanha muito bem um bom pato ou javali, dada a sua boa presença de taninos e boa acidez.

Vamos ao preço depois dessa longa história...O Laffitte pode ser comprado no Verdemar por R$69,90!
Para meus amigos confrades, saúde e um ótima compra!